Entenda o que é e os problemas causados por ela
Dados recentes do UNICEF apontam que 713 mil meninas brasileiras vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio, e mais de 4 milhões não têm itens mínimos de cuidados menstruais. Uma em cada quatro meninas/adolescentes deixa de ir à escola por não ter absorventes em casa.
Esses números vão além com a precariedade de higiene nas ruas, penitenciárias e áreas de extrema pobreza financeira. Para conterem a menstruação, pessoas que se encontram nessas condições improvisam com o uso de itens impróprios como jornal, folhas de caderno e até miolo de pão.
HUMILHANTE, NÃO É ? E isto fica pior com a falta de apoio governamental...
Nesta semana, um Projeto de Lei Nacional (PL 4968/2019) que previa a distribuição gratuita de absorventes para meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade, em especial estudantes de escolas públicas de todo o país, foi vetado pelo Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro.
A justificativa dada para a decisão é de que a lei não inclui a fonte orçamentária para a execução do projeto. O que não é verdade! Afinal, o PL aponta que os recursos a serem utilizados são do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Fundo Nacional Penitenciário.
Na contramão do Governo Federal, diversas organizações não governamentais já se mobilizam para reduzir os impactos sociais da pobreza menstrual na vida das brasileiras. Uma delas é o NÓS MULHERES que tem uma Campanha de arrecadação de absorventes e produtos de higiene pessoal para mulheres que estão nas casas de detenção, no estado de São Paulo. O link para colaborar é https://www.vakinha.com.br/vaquinha/nos-mulheres-2021-parte-4 .
Outra campanha é o FLUXO SEM TABU que além de arrecadar doações para a compra de absorventes, doa outros itens básicos para a higiene íntima como: lenços umedecidos, sabonetes e calcinhas. Saiba como colaborar https://www.fluxosemtabu.com .
FAZENDO O CAMINHO INVERSO:
As pessoas que menstruam e não sabem onde retirar esses itens de forma gratuita, sendo:
Estudantes das escolas matriculadas em escolas estaduais e municipais de São Paulo, devem solicitar na secretaria da escola onde estudam, por meio do programa Dignidade íntima e também da Lei 17.574.
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