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Estudo global do IBM Institute for Business Value revela que, além das práticas de equidade, é necessário que os líderes mudem a atitude

Há muito tempo se discute a equidade de gênero no mercado de trabalho, mas para 70% das companhias este assunto ainda não é prioridade. É o que revela o estudo Women, leadershio and missed opportunities (“Mulheres, liderança e oportunidades perdidas”), conduzido pelo IBM Institute for Business Value (IBV) que ouviu 2.600 executivo, gerentes de nível médio e profissionais em dez setores e nove regiões.


O levantamento, que analisa as questões de gênero desde 2019, mostra que em 2021 há menos mulheres em cargos de vice-presidência, diretoria e gerência, em comparação com 2019. E há um certo desânimo entre trabalhadoras e trabalhadores ouvidos: somente 62% das mulheres pesquisadas e 60% dos homens pesquisados ​esperam que sua organização melhore significativamente a paridade de gênero nos próximos cinco anos. 


A pesquisa também aponta que ter mais práticas de diversidade para as mulheres não significa, necessariamente, uma mudança estrutural na companhia. Concluindo que, mesmo existindo programas específicos para equidade de gênero nas empresas, os executivos sêniores ainda possuem atitudes preconceituosas. 


De acordo com a IBM, existem passos específicos e necessários ​​que as organizações devem adotar, como: 

 

  • Fazer da igualdade de gênero uma das cinco principais prioridades formais de negócios e criar caminhos para que as mulheres retornem ao mercado de trabalho.

  • Aplicar intervenções específicas relacionadas à crise. Por exemplo, adicionar benefícios como apoio adicional para cuidado das crianças e acesso a recursos de saúde mental pode ser fundamental. Outra pesquisa recente do IBV descobriu que os CEOs de alto desempenho afirmam estar comprometidos em apoiar o bem-estar de seus funcionários, mesmo às custas da lucratividade ou do orçamento.

 

  • Criar uma cultura de intenção e insistir em ceder espaço. Focar na liderança empática e permitir que os gerentes de nível médio sejam defensores de uma mudança cultural positiva. Os líderes de pessoas devem manter intencionalmente culturas de equipe inclusivas, de forma flexível de acordo com as necessidades pessoais e profissionais das pessoas, e estabelecer responsabilidade pelos objetivos de negócios e individuais para patrocinar o fluxo futuro de lideranças femininas.

 


Fonte: Você RH